O SINTRAJURN manifesta profunda discordância com o desfecho da reunião do Fórum Permanente de Carreira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizada nesta quarta-feira (09). Na sessão, mesmo com o consenso estabelecido entre Fenajufe e Sindjus-DF — que previa reajuste de 5% sobre o Vencimento Básico (VB) e de 165% sobre a Gratificação de Atividade Judiciária (GAJ), totalizando 15,9% de recomposição — prevaleceu proposta dos tribunais de apenas 8% sobre o VB, a partir de julho de 2026, com inclusão do projeto de Adicional de Qualificação (AQ), reduzindo substancialmente os ganhos da categoria.
O SINTRAJURN se indigna com a ausência de respaldo integral, além do desrespeito ao que foi encaminhado pelo Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) da Fenajufe, e referendado em deliberação específica dos sindicalizados e sindicalizadas do Rio Grande do Norte. Essa decisão regional, alinhada à decisão unânime das representações sindicais de todo o país, ficou desconsiderada no momento decisivo da votação, resultando em placar desfavorável por 9 votos a 7.
Vale destacar que, durante essa votação, as coordenadoras da Federação Nacional Denise Carneiro e Eliana Leocádia, em uma atitude surpreendente, optaram pela abstenção. Caso as coordenadoras tivessem acompanhado o voto da maioria, o placar teria empatado em 9 a 9, ensejando o voto de desempate ao conselheiro Guilherme Feliciano, que já havia manifestado posicionamento pelo consenso das entidades, garantindo à categoria — composta por 130 mil servidores ativos e aposentados — o reajuste integral acordado.
Veja abaixo a diferença entre as duas propostas:

A decisão de abster-se, por parte de coordenadoras eleitas para representar todos os servidores do PJU, configura um grave desrespeito à confiança que lhes foi conferida em pleito democrático ocorrido no Congrejufe de Foz do Iguaçu. Ao se recusarem a defender o posicionamento referendado pelas assembleias e pelo Conselho de Entidades, Denise Carneiro e Eliana Leocádia não apenas fragilizaram a mobilização nacional, mas também traíram a missão de zelar pelos interesses de todos os servidores.
O SINTRAJURN reitera que não aceitará retrocessos nem prejuízos aos direitos já firmados pelos servidores. Por isso, o sindicato adotará todas as medidas necessárias para que a proposta consensuada — legitimada pelo CDE e pelo conjunto dos trabalhadores do Judiciário Federal no RN — seja encaminhada diretamente ao Supremo Tribunal Federal, garantindo o compromisso com a recomposição salarial justa.
O Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Norte permanece vigilante e atuante, mobilizando a base e acionando instâncias judiciais e administrativas caso seja preciso, a fim de assegurar à categoria os reajustes aprovados democraticamente em âmbito nacional. O SINTRAJURN mantém seu compromisso inabalável de defender cada servidor ativo e aposentado, sem aceitar atitudes descompassadas e decisões que fragilizem as conquistas coletivas.
Seguimos unidos com a nossa base para cumprir o papel da entidade sindical: o de representar e lutar pela categoria!
Do SINTRAJURN, Caroline P. Colombo